quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O que vamos ser?



Todos desejamos algo, temos vontades, interesses, e desde pequenos sonhamos com quem vamos ser e o que vamos fazer. Uns querem ser médicos, outros motorista de trem e até mesmo um dia eu já pensei em ser vulcanólogo, imagina que doideira trabalhar estudando vulcões sendo que no Brasil só temos Vulcões inativos, supimpa não. Porém desde pequeno, nem no litoral eu morava e eu já tinha um desejo de ser um fotógrafo de surf, quando eu falava isso meus pais achavam legal mesmo eu morando no ABC paulista, todos pais fazem isso e admiram suas crias já desenvolvendo em suas pequeninas mentes sem nenhuma preocupação alheia, com estudos, contas, roupa e alimentação, sua futura profissão, mesmo sendo apenas um sonho, mas que já é um começo para uma vida. Sempre sonhei em ser fotógrafo de surf, ter minhas fotos em revistas, mesmo que na época eu não conhecia nenhuma, mas já pensava nisso, hoje temos revistas, revistas online, sites e blogs, e diversas áreas amadoras e profissionais. Mas mesmo morando na frente de um oceano cinza eu sonhava com isso, até que com meus 9 anos em 1999 mudamos para a praia. Morávamos em Praia Grande e eu super pivetão saia escondido com os moleques da  minha rua para ir a praia, sempre achei a areia e as ondas coisas fora do normal. Passado um ano mudamos para Mongaguá, nossa minha casa era 3 casas da praia do Aguapeú e minha mãe tinha um quiosque na mesma rua, sem pensar me joguei de cabeça na praia, adorava de segunda a sexta na praia, molequão sem nenhuma preocupação pedi ao meu pai uma prancha de surf, achava demais qualquer prancha que passasse na minha frente, mesmo se fosse um toco velho e amarelado, e ganhei um super NÃO!
Caramba foi uma desilusão, nem foi pra tanto assim, ainda tinha meu sonho em mente, queria uma prancha.
Apesar que eu queria muito uma prancha não me lembro muito bem como ganhei a minha primeira prancha, e era um BodyBoard muito legal cinza e azul para mim não precisava nem ser mais uma prancha de surf eu me contentei com ela, no dia seguinte passei o dia todo na água ralando os joelhos na areia, pegava uma onda e ia até a prancha travar na areia, na maior felicidade. Após um tempo eu conheci o povo que surfava por lá por que o filho da dona do quiosque do lado surfava de bodyboard também, e em seguida eles me ensinaram a remar, a furar as ondas de joelhinho e a atravessar a arrebentação, nossa vocês não tem noção como era ir surfar em frente ao quiosque da minha mãe e me esconder enquanto surfava pra ninguém me ver no fundo. Assim até o dia que minha mãe e meu pai pediram pro salva vidas irem me buscar, ela até ameaçou de me tirar a prancha. Mas ela foi mais esperta e me deu uma laycra para que ela pudesse me ver de longe, bem nem vou estender muito a história, mas durante muito tempo até mais ou menos em 2005 eu já tinha trabalhava numa pizzaria e comprei do motoboy um par de pé de pato. Eu já saia surfar a um bom tempo mas nem sabia levar a sério o esporte e comecei a fazer amizades na praia e cair no mar todo dia. Surfava todo dia horas a fio, não queria saber de almoço, de zuera com o pessoal, de nada alem de surfar o dia todo, dormia na escola e sonhava com as ondas depois do intervalo. Caramba que época.
Depois de um tempo consegui comprar uma prancha de surf, era uma prancha feita em Ubatuba 6.2" azul e amarela, durante uns 3 anos surfei de prancha, mas com o tempo perdi o encanto e já sabia que o bodyboard era a minha praia literalmente, e sem pensar me livrei da prancha sem ao menos pensar e voltei ao bodyboard e desde 2008 surfo de bodybaord e ainda tenho meus sonho de fotografar as ondas, as manobras, quando pequeno corri atras de conhecer o esporte e pratico até hoje e ainda quero me desenvolver muito mais, quero fotografar, quero surfar, quero viajar para outras praias, conhecer tudo o que o esporte pode me proporcionar, um nascer do sol, um reflexo na água, as ondas mais perfeitas as maobras mais radicais e sem dizer aqueles por do sol que tiram o folego e nos lembram de estarmos fazendo parte de um todo, participando da alegoria natural, vendo as ordem das coisas, e sentindo a conexão com inexplicável, por isso eu aconselho a  sonharem, a terem o gosto de saber o que querem, mesmo ser você sonhar em ser astronauta, se lembrem que um brasileiro já saiu de orbita. Viva o seu sonho, deixe ele participar de você mesmo se ele não se concretizar, mas sinta ele além de uma ideia, deixe ele ser você e você ser ele, o coração agradece toda vez que você sorri, e a vida renasce  cada vez que fazemos ela valer a pena. SONHE


Nenhum comentário:

Postar um comentário